O que é o Parkinson?
O Parkinson é uma doença
neurodegenerativa multissistêmica progressiva que afeta principalmente os
centros de controle dos movimentos humanos, e existe uma enorme variedade em
relação à progressão dos sintomas da doença. Ela é considerada a segunda doença
que mais afeta a população idosa no Brasil, atingindo cerca de 3% dos
brasileiros acima de 60 anos. (Pereira e Furia, 2021, p. 06)
Segundo Barbosa apud JORNAL DA USP
(2023), o Parkinson é uma doença neurodegenerativa de alta prevalência, e com a
tendência de aumento da população idosa no mundo, deverá também aumentar substancialmente o
número de pacientes com Parkinson. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS,
2022), o número de pessoas com a doença de Parkinson (DP) atualmente equivale a
cerca de 8,5 milhões de pessoas, sendo que esta estimativa dobrou nos últimos
25 anos. "As estimativas atuais
sugerem que, em 2019, a DP resultou em 5,8 milhões de anos de vida ajustados
por incapacidade, um aumento de 81% desde 2000, e causou 329.000 mortes, um aumento de mais de 100% desde 2000"
(OMS, 2022).
A doença de Parkinson é uma condição
degenerativa do cérebro, que provoca
drásticas alterações motoras no indivíduo,
como movimentos lentos, tremores, rigidez e falta de equilíbrio. Além disso,
ocorrem várias alterações não motoras, tais como comprometimento cognitivo,
perda do olfato, insônia, dores e distúrbios sensoriais. "A progressão
desses sintomas e complicações diminui significativamente o funcionamento e a
qualidade de vida, o que resulta em altas taxas de deficiência e requisitos de
cuidados, bem como estresse e sobrecarga dos cuidadores." (OMS, 2022)
Na doença de Parkinson, ocorre uma perda
progressiva dos chamados neurônios dopaminérgicos, que são os responsáveis pela
produção de dopamina no cérebro humano. Essa redução de dopamina no organismo
causa sérias alterações no sistema locomotor, causando acinesia (diminuição na
amplitude dos movimentos) e a bradicinesia (lentidão na execução dos
movimentos). (Pereira e Furia, 2021, p. 14).
O tratamento da doença de Parkinson é
realizado de forma multifatorial, ou seja, com ações medicamentosas, terapias e
exercícios físicos regulares.
Segundo a Organização Mundial da Saúde,
apesar da alta incidência do Parkinson, existe uma grande desigualdade na
disponibilidade de recursos e serviços para o tratamento de pessoas com
Parkinson, especialmente em países pobres e de baixa renda. "O Atlas de
Neurologia da OMS (2017) fornece estimativas de 0,03 neurologistas por 100.000
habitantes em países de baixa renda e 4,75 por 100.000 habitantes em países de
alta renda." (OMS, 2022). Estes dados refletem a ausência de políticas
públicas na área da saúde, voltadas às pessoas com Parkinson, denotando também
o preconceito e a estigmatização da sociedade em relação às pessoas com
Parkinson.
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